Com a chegada dos meses nos quais as temperaturas são mais baixas, diversas são as manifestações de doenças que aparecem, especialmente as respiratórias.
A chegada daquele vento gelado de inverno coincide com a grande procura das pessoas pelos serviços de saúde, em busca de alívio para os sintomas das doenças típicas da estação, como coriza, tosse, espirros, febre, dor no corpo e mal-estar geral, entre outros, decorrentes de gripes, resfriados e alergias.
A verdade é que não é fácil escapar de uma infecção respiratória ou mesmo de uma crise alérgica nos meses mais frios do ano. Boa parte delas são causadas por vírus, são autolimitadas (saram espontaneamente após alguns dias) e de baixa gravidade, embora causem bastante incômodo e mal-estar.
Já outras podem ser mais graves, comprometendo mais a saúde em geral e necessitando tratamentos específicos e maiores cuidados.
Portadores de afecções alérgicas, como rinite e asma, sofrem mais diante da chegada súbita de uma frente fria.
Para um asmático, por exemplo, é muito provável que as variações climáticas repentinas signifiquem maior necessidade de uso de medicação e, não raro, de idas ao pronto-socorro por conta de crises não controladas.
Além disso, crianças menores de 5 anos e idosos, são mais afetados devido a fragilidade do sistema de defesa, o que faz com que mesmo os resfriados possam se transformar em problemas mais importantes, como sinusites e pneumonias.
Nesses grupos, não dá para esperar os sintomas desaparecerem só com repouso e medicamentos sintomáticos, notadamente quando há febre e tosse produtiva. Recomenda-se fazer uma consulta com um médico da confiança da família ou se dirigir ao pronto atendimento mais próximo.
Quem está mais vulnerável?
Alguns grupos de pessoas estão mais suscetíveis a infecções por vírus e bactérias, que aumentam durante a época de frio. Doenças que parecem “inofensivas” podem causar complicações a essas pessoas.
Crianças abaixo de cinco anos – elas ainda não têm o sistema imunológico bem formado e, por isso, estão mais sujeitas às infecções respiratórias e agentes que causam alergia, como mofo, poeira e fumaça de cigarro. É por isso que, quando uma criança vai à escola com alguma doença viral ou bacteriana, é comum os colegas se contagiarem também.
Idosos acima de 60 anos – é comum a presença de doenças crônicas nessa faixa etária – como doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, diabetes, entre outras – o que contribui para a diminuição da imunidade. Assim, ficam mais suscetíveis a infecções e complicações, caso se contagiem.
Imunossuprimidos – são pessoas que vivem com HIV, transplantados, que fazem uso de medicamentos imunossupressores ou que possuem alguma doença que ataca o sistema imunológico. Elas têm a imunidade mais baixa e por isso estão mais vulneráveis a infecções e complicações, caso se contagiem.
Dicas para se proteger das doenças de inverno
- Evitar locais fechados e com grande circulação de pessoas.
- Deixar o ambiente em que nos encontramos o mais ventilado e arejado possível.
- Ao tossir ou espirrar, sempre cobrir a boca e o nariz, preferencialmente com lenço de papel descartável.
- Lavar as mãos, várias vezes por dia, com água e sabonete, especialmente após passar por locais públicos. Álcool gel é também uma boa opção para ter sempre consigo para a higienização das mãos.
- Alimentar-se bem; comer muitas frutas e verduras e ingerir boas quantidades de água.
- Para mães com bebês ainda lactentes, manter a amamentação exclusiva com leite materno.
- Quando resfriado ou gripado, evitar contato desnecessário com outras pessoas e, especialmente, com recém-nascidos, crianças em geral e pessoas idosas.
- No caso de febre acompanhada de sintomas como tosse, dor de garganta, procurar um serviço de saúde.
- Evitar ir ao pronto-socorro nos casos em que não há urgência. Preferir sempre as consultas em clínicas, consultórios e Unidades Básicas de Saúde, sempre que possível com o médico que costuma lhe prestar assistência.
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