A amigdalite é a inflamação das amígdalas, ou seja, das estruturas localizadas na parte posterior da garganta, que têm a função de proteger o corpo, produzindo anticorpos e impedindo que infecções na cavidade oral e nas regiões vizinhas se alastrem por todo o organismo.
Justamente por funcionarem como uma barreira, essas estruturas são muito suscetíveis a processos infecciosos. Quando isso ocorre, as amígdalas se inflamam, ficam inchadas, doloridas e dificultam a passagem dos alimentos para o aparelho digestivo.
A amigdalite aguda pode ser causada por bactérias e vírus, resultando na amigdalite bacteriana e na amigdalite viral, respectivamente.
Além disso, a amigdalite pode acontecer pelos dois motivos combinados, sendo causada simultaneamente por um vírus e por uma bactéria que ataca o organismo do paciente ao mesmo tempo.
Em alguns casos, infecções fúngicas específicas também podem desencadear uma amigdalite, sendo que costumam ser muito mais raras do que as amigdalites que são causadas por vírus e bactérias.
Existem alguns cenários que fazem com que o paciente tenha mais chances de desenvolver a amigdalite. É o caso de mudanças bruscas na temperatura, que podem afetar o organismo como um todo.
Quedas na imunidade, exposição excessiva ao ar-condicionado (especialmente aqueles que não passam por limpeza periódica) e tabagismo ou exposição secundária à fumaça do cigarro também podem fazer com que o paciente desenvolva uma amigdalite.
Existem diferentes tipos de amigdalite:
- Amigdalite bacteriana: causada por uma bactéria, geralmente dos tipos estafilococo ou estreptococo, que atacam a garganta. Nesse caso, podem desencadear um acúmulo considerável de pus na garganta do paciente.
- Amigdalite viral: causada por algum vírus que traga impactos à garganta. É o tipo predominante de amigdalite, sendo responsável por 60% a 70% dos casos da doença.
- Amigdalite de repetição: acontece quando o paciente apresenta muitos episódios de amigdalite em um curto período. Geralmente, é desencadeada pelo refluxo gastroesofágico, doença em que parte dos conteúdos do estômago retorna pela garganta, podendo resultar em inflamação.
Entre os sintomas de amigdalite, podemos destacar:
- dor de garganta;
- dificuldade de engolir;
- placas vermelhas, brancas ou amareladas nas amígdalas, localizadas no fundo da boca;
- febre;
- mau hálito;
- nódulos ou ínguas no pescoço;
- dor de cabeça.
Em bebês, os sintomas de amigdalite podem ser diferentes dos de pacientes crianças e adultos, que já conseguem comunicar e verbalizar o que estão sentindo. Nos bebês, o principal sinal de amigdalite costuma ser a recusa em se alimentar e a febre.
Como prevenir
Para evitar ou diminuir os sintomas da doença, alguns cuidados devem ser tomados.
- Adotar um estilo de vida mais saudável e cuidar da higiene pessoal, lavando bem as mãos e cubrindo a boca com lenço ou dobra do braço ao tossir ou espirrar;
- Evitar ambientes com ar-condicionado, pois o vírus se propaga mais rápido e resseca as mucosas, diminuindo a resistência das amígdalas;
- Não beijar ninguém nos lábios se estiver com um resfriado ou dor de garganta;
- Quando o caso for amigdalite bacteriana, tomar os remédios prescritos pelo médico durante os dias determinados. Não deixar fazer uso dos remédios apenas porque os sintomas desapareceram, a doença pode reincidir ainda mais grave;
- Ficar longe de cigarros. Fumantes ativos e passivos são mais propensos e sensíveis a infecções das amígdalas.
A transmissão da amigdalite pode acontecer nos casos de uma amigdalite bacteriana ou viral, sendo que, nesses episódios, ela acontece por meio das secreções do paciente infectado, como as gotículas de ar que são eliminadas durante tosse ou espirros, por exemplo.
O diagnóstico da amigdalite é feito por meio dos relatos dos sintomas e pela análise visual da garganta do paciente.
Geralmente, nos casos de amigdalite bacteriana, há um aumento considerável no tamanho e na quantidade de pus e de placas de pus presentes na garganta. Na amigdalite viral, não se aumenta tanto o tamanho da garganta, mas os gânglios, localizados ao redor do pescoço, costumam ficar com um tamanho maior, devido à resposta do sistema imunológico.
Tratamento
Normalmente, a amigdalite é tratada com medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Nos casos em que é possível determinar que é uma bactéria que está causando a doença, podem ser receitados antibióticos.
A amigdalite crônica costuma ser resolvida por meio de uma cirurgia, a amigdalectomia, que remove as amígdalas, sem prejuízo para a saúde do corpo da pessoa.
No caso da amigdalite de repetição, somente o tratamento da doença primária, que é o refluxo gastroesofágico, é capaz de auxiliar o paciente.
O uso de chás caseiros e o repouso vocal também auxiliam na recuperação do paciente, especialmente nos casos em que ele perde a voz ou apresenta rouquidão.